Necessidade inventada

Recentemente me revoltei contra as necessidades inventadas.
Cansei do excesso que me rodeia. Excesso sobretudo de informações.
Resolvi então deixar de lado a principal rede social que consumia meu tempo, e me irritava progressivamente.

Ok, eu posso estar errada, ou remando contra a maré, mas continuo questionando se precisamos de fato de tudo isso que nos rodeia. Questiono se precisamos mesmo saber de "tudo" o que acontece com uma rede de 400 pessoas em tempo real, seus gostos, altos e baixos, preferencias e rede de conhecidos afins. Consumindo ainda um sem número de informações relacionadas aos nossos próprios gostos e interesses.

Cansei. Esse tal excesso de informações me deu enjoos, não desceu bem, e foi por isso que achei melhor fazer uma desintoxicação ;)

...

O que acontece, é que longe do facebook, (por apenas 24hrs), me dei conta de que não é apenas lá que encontram-se as "necessidades criadas", aquela coisa da qual falava Renato Russo "Essa saudade do que eu sinto de tudo o que eu ainda não vi", essas tais necessidades, essa vontade louca de fazer coisas nas quais nunca se tinha pensado antes, parece estar enraizada em cada pedaço da nossa sociedade moderna.
Na Tv, nas propagandas, e em tudo o mais tentam nos dizer o que fazer, o que ouvir, o que consumir.

Cansei.

Não dá pra jogar tudo pro alto, e desativar a sociedade inteira, junto com todos os seus mecanismos mais fúteis, e inúteis, jogando tudo pelo ralo...
Até porque, nem tudo o que nos sugerem por aí, é lixo, nem tudo é uma má ideia, e de fato podemos ter a oportunidade de conhecer coisas novas, bacanas e diferentes.

Mas mesmo assim, vou continuar nessa "dieta de informações", pelo menos por mais um tempo, (Afinal, até agora são pouco mais de 24hrs) até me desintoxicar o suficiente pra começar do zero. Começar de novo, com o pé no chão e mais certezas dos meus próprios gostos e vontades.

Acho que é só.

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