Medo
Tenho medo de deixar você entrar na minha vida, permitir que você invada cada cantinho, se instale, ocupe, e fique. Deixe sua marca.
Tenho medo, porque quando você for embora, sua marca permanecerá lá, tua ausência será presente, e isso machuca.
Depois que você for embora, serão três meses de "fossa", li uma vez que esse é o tempo socialmente aceito para superar o fim de um relacionamento.
Passados três meses, eu estarei bem, em paz sem você, mas aquela música, "a nossa música", me lembrará você. Quando visitar novamente aquele lugar, vou lembrar que estivemos ali juntos, e ainda que isso não doa mais, a presença da tua ausência estará ali comigo.
Quando eu te disse que não queria namorar, era pra evitar esse tipo de coisas. E quando fico na dúvida se devemos ir juntos pro show do Jorge e Mateus, pra Miguel Pereira, e muitos outros lugares, é mais uma vez pelo medo, medo de não estarmos mais juntos no próximo show, na próxima viagem, e eu lembrar de você, medo de que as músicas fiquem gravadas na minha cabeça, eternamente associadas ao seu sorriso na hora do show, ou ao gosto do teu beijo quando tocou minha música favorita...
Esse processo é irreversível, depois que a minha música favorita se tornar "a nossa música", depois que você invadir cada cantinho de mim, não tem volta...
Por isso minha ideia era "ser livre", me permitir curtir toda e qualquer coisa sozinha, em paz, de um jeito leve, sem me apegar a ninguém, pronta pra curtir o que viesse, do jeito que viesse... Não estava faltando nada em minha vida, eu já estava completa, e então você apareceu, insistindo em se instalar, ocupar, permanecer, ficar...
Então eu, que hoje sou inteira, sou completa, evito me envolver (ainda mais), com medo de me tornar apenas "metade", quando você partir.
Toda essa teoria que é válida e muito legal tem apenas alguns problemas, eu não sou assim, ou ao menos não era.
Eu sou fã de Vinícius de Moraes desde os 14 anos, e segundo Carlos Drumond de Andrade
"Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural. Eu queria ter sido Vinicius de Moraes".
Vinícius viveu o amor plenamente, e eu sempre disse que teria me casado com ele se vivêssemos na mesma época, teria vivido um grande amor, ainda que esse amor findasse num dado momento, isso porque sua intensidade, e sua plenitude enquanto durasse, valeria a pena, por todas as futuras lágrimas derramadas...
No auge dos meus 14 anos, ainda sem conhecer tanto da vida, sem sentir o que é de fato a dor de um amor findado, tal teoria era pra lá de cabível.
Hoje, aos 23, já não sei.
Ou então, finjo não saber...
Acho que foi o próprio Vinícius quem disse, que "Quem economiza vida, não vive" e com isso eu concordo plenamente.
Ainda que eu não estivesse te procurando, você apareceu. Você chegou e entrou na minha vida. E sempre que eu insisto em lembrar dos meus "Princípios de liberdade", Vinícius me vem à cabeça, pra me lembrar de que a vida não tem regras, não se permite definir e não funciona como desejamos.
A liberdade é um ideal lindo, eu só não poso me "prender" a ela, como desculpa pra não te deixar entrar, porque aí, não seria mais liberdade.
Portanto meu bem, você será muito bem vindo, se assim desejar, no show do Jorge e Mateus ou em qualquer outro lugar.
Eu ainda vou fazer mil ressalvas, ainda vou tentar me proteger do mundo e da nossa paixão, e principalmente, com certeza vou preservar minha individualidade. Vou buscar me sentir inteira, completa sem você, permitindo apenas que você "me transborde".
Mas e os outros boys? Bom, com você por perto, eles já parecem muito menos interessantes. O que eu posso fazer? Prometemos continuar abertos para o mundo, e acredito que sim, estamos, só que o mundo parece não ter a mesma graça... rs. Culpa sua, de ser meu vício s2
Martha também tem algo a nos dizer...
Tenho medo, porque quando você for embora, sua marca permanecerá lá, tua ausência será presente, e isso machuca.
Depois que você for embora, serão três meses de "fossa", li uma vez que esse é o tempo socialmente aceito para superar o fim de um relacionamento.
Passados três meses, eu estarei bem, em paz sem você, mas aquela música, "a nossa música", me lembrará você. Quando visitar novamente aquele lugar, vou lembrar que estivemos ali juntos, e ainda que isso não doa mais, a presença da tua ausência estará ali comigo.
Quando eu te disse que não queria namorar, era pra evitar esse tipo de coisas. E quando fico na dúvida se devemos ir juntos pro show do Jorge e Mateus, pra Miguel Pereira, e muitos outros lugares, é mais uma vez pelo medo, medo de não estarmos mais juntos no próximo show, na próxima viagem, e eu lembrar de você, medo de que as músicas fiquem gravadas na minha cabeça, eternamente associadas ao seu sorriso na hora do show, ou ao gosto do teu beijo quando tocou minha música favorita...
Esse processo é irreversível, depois que a minha música favorita se tornar "a nossa música", depois que você invadir cada cantinho de mim, não tem volta...
Por isso minha ideia era "ser livre", me permitir curtir toda e qualquer coisa sozinha, em paz, de um jeito leve, sem me apegar a ninguém, pronta pra curtir o que viesse, do jeito que viesse... Não estava faltando nada em minha vida, eu já estava completa, e então você apareceu, insistindo em se instalar, ocupar, permanecer, ficar...
Então eu, que hoje sou inteira, sou completa, evito me envolver (ainda mais), com medo de me tornar apenas "metade", quando você partir.
Toda essa teoria que é válida e muito legal tem apenas alguns problemas, eu não sou assim, ou ao menos não era.
Eu sou fã de Vinícius de Moraes desde os 14 anos, e segundo Carlos Drumond de Andrade
"Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural. Eu queria ter sido Vinicius de Moraes".
Vinícius viveu o amor plenamente, e eu sempre disse que teria me casado com ele se vivêssemos na mesma época, teria vivido um grande amor, ainda que esse amor findasse num dado momento, isso porque sua intensidade, e sua plenitude enquanto durasse, valeria a pena, por todas as futuras lágrimas derramadas...
No auge dos meus 14 anos, ainda sem conhecer tanto da vida, sem sentir o que é de fato a dor de um amor findado, tal teoria era pra lá de cabível.
Hoje, aos 23, já não sei.
Ou então, finjo não saber...
Acho que foi o próprio Vinícius quem disse, que "Quem economiza vida, não vive" e com isso eu concordo plenamente.
Ainda que eu não estivesse te procurando, você apareceu. Você chegou e entrou na minha vida. E sempre que eu insisto em lembrar dos meus "Princípios de liberdade", Vinícius me vem à cabeça, pra me lembrar de que a vida não tem regras, não se permite definir e não funciona como desejamos.
A liberdade é um ideal lindo, eu só não poso me "prender" a ela, como desculpa pra não te deixar entrar, porque aí, não seria mais liberdade.
Portanto meu bem, você será muito bem vindo, se assim desejar, no show do Jorge e Mateus ou em qualquer outro lugar.
Eu ainda vou fazer mil ressalvas, ainda vou tentar me proteger do mundo e da nossa paixão, e principalmente, com certeza vou preservar minha individualidade. Vou buscar me sentir inteira, completa sem você, permitindo apenas que você "me transborde".
Mas e os outros boys? Bom, com você por perto, eles já parecem muito menos interessantes. O que eu posso fazer? Prometemos continuar abertos para o mundo, e acredito que sim, estamos, só que o mundo parece não ter a mesma graça... rs. Culpa sua, de ser meu vício s2
Martha também tem algo a nos dizer...
O amor que a vida traz
Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.
O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!
Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.
Martha Medeiros
Uma pequena observação, quando li esse texto pra você tempos atrás, era só um texto apaixonante, mais uma crônica digna de ser compartilhada com o mundo, hoje, ela é pra mim, A NOSSA CRÔNICA, olha como a vida adora nos pregar peças...
Se é amor?
Quem liga?
Eu sei que estou apaixonada, e feliz em ter você na minha vida, bagunçando minha cabeça, desestruturando minha convicções, rindo das minha regras e insistindo em fazer de mim, SUA.
Apaixonante, vício, meu amor! É pra você esse texto, e pra quem mais seria?
My Boy
Meu Tadeu s2
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